Marcas começam a investir em influenciadores artificiais
Você sabe o que são os influenciadores digitais?
Os influenciadores são pessoas populares dentro de uma ou mais plataformas digitais e essa popularidade vem pelas mais diversas razões, quase sempre devido ao conteúdo produzido, o nicho representado, o papel de liderança… Ou seja, pela influência gerada dentro de uma comunidade de pessoas.
Estes criadores de tendências são uma febre entre as grandes marcas, que enxergam nessas pessoas a melhor forma de atingir seu público, da forma mais natural possível.
Mas e se isso for aplicado a uma persona criada digitalmente e que não existe “no mundo real”, ela também seria um influenciador?
A resposta é sim. E hoje, marcas como Dior, Prada e Supreme já estão usando desses influenciadores artificiais em seus projetos.
Um dos casos mais conhecidos é o da modelo sul-africana Shudu Gram, que modela para a Fenty Beauty, marca de cosméticos da cantora Rihanna. Um projeto que nasceu das mãos do fotógrafo britânico Cameron-James Wilson, como apenas um modesto projeto de arte, e hoje conta com 140 mil seguidores no Instagram.
A modelo virtual já recebeu propostas de outras empresas que a querem como garota propaganda, mas, segundo Wilson, novos contratos só serão assinados se mantiveram a originalidade da modelo.
Embora seja “a primeira super modelo digital do mundo”, como apresenta a descrição em seu perfil, Shudu é superada em números por outra influenciadora artificial, Miquela Sousa: 19 anos, de Los Angeles, com pai e mãe definidos, modelo de campanhas para marcas como Supreme, Prada e Diesel, e ativista de causas sociais. Sua conta no Instagram soma mais de 1,3 milhões de seguidores.
Miquela é a criação virtual de Trevor McFredies e Sara Decou, que ela chama de pais, mas que na verdade são os fundadores da startup Brud, um estúdio transmídia especializado na criação de narrativas comandadas por personagens digitais. A modelo é, por sinal, o projeto de maior sucesso da startup.
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Algumas das vantagens em contratar um modelo artificial é que a marca terá menos trabalho e dores de cabeça. Não há questões de horário em agenda, exigências pessoais e tantos outros pontos que envolvem a negociação com influenciadores reais, principalmente com celebridades. Basicamente, a marca encomenda o ensaio, por exemplo, e o recebe pronto.
Já em termos financeiros, contratar um influenciador artificial não é diferente de contratar um real. Nos Estados Unidos, por exemplo, os preços cotados para as campanhas com personagens virtuais variam de US$ 5 mil a US$ 100 mil, dependendo da tecnologia necessária para o projeto, o nível de detalhes gráficos e outras especificidades do acordo.
A aposta, no entanto, é na novidade que eles podem causar. Afinal, grande parte do engajamento nesses perfis é gerado justamente pela curiosidade do público em ver mais desses não humanos.